sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A parte boa!

   No post anterior eu desabafei. Eu não gosto de fazer isso, mas achei que seria útil para quem estivesse começando a paquerar o minimalismo. Eu gostaria muito que meus professores de tudo o que fiz tivessem dito para mim no começo das aulas as dificuldades que enfrentaram para aprender. Eu não me coloco na posição de professor, mas na posição dos colegas que de fato vieram até mim e contaram as complicações do aprendizado. Eles me ajudaram muito, com dicas, depoimentos, e bastante também com um "É assim mesmo, especialmente no começo, mas fica tranquilo que melhora".

   Quando eu escrevo no Lar Montessori, preciso ser muito cauteloso. Minha opinião lá é relevante para a criação de muitas crianças, e eu me coloco na posição de alguém que estuda um assunto e pelo menos dentro dele sente-se à vontade para dizer como, quando e porquê. Aqui não, aqui é um diário e eu só estou contando experiências. Por isso, o post anterior, apesar de ser um desabafo, pode ser relevante e até inspirador, para aqueles que gostam de desafios. Mas vamos ao que interessa.

A parte boa.

   Eu emagreci. Não perdi barriga, porque apesar de estar andando mais, eu não faço caminhadas decentes. Mas eu emagreci. Estou fisicamente mais leve. Mas mais importante que isso, estou emocionalmente muito mais leve.

   O minimalismo me faz andar mais, sorrir mais, ouvir mais. Me faz perder menos tempo inutilmente e ganhar mais tempo de forma útil. Me faz ter uma mesa muuuuito mais livre, uma mochila mais leve, usar menos casacos e sentir mais o ar na pele, que faz tão bem.

   Há alguns dias, uma amiga disse: "Tem alguma coisa diferente no seu rosto. Parece que você está mais leve, mais limpo... não que antes estivesse sujo...". Não tinha nada, nada diferente. Cabelo com gel, cavanhaque, o resto da barba feita, óculos. Tudo normal. Mas no dia anterior eu tinha feito meditação, e naquela manhã havia feito o Surya Namaskar e meditação de novo. Estava mesmo mais limpo e mais leve, mas foi a primeira vez que isso apareceu na pele.

   Não é sempre perfeito, não é sempre que eu consigo levar as coisas da forma ideal. Mas quando eu consigo, isso aparece no meu sorriso, durante todo o dia. Aparece na minha mesa, na minha mochila, na minha comida, nas caminhadas curtas entre a faculdade e o trabalho. Aparece na minha disposição para trabalhar melhor, na vontade de servir aos outros, na qualidade das explicações que dou aos alunos. Aparece em tudo.

   Então, queridos, o minimalismo vale a pena! No próximo post, vou escrever sobre como descobri, com o Dalai Lama, como comer muito pouco e me sentir muito bem. Não dá para fazer todo dia. Aplico um dia por semana. Mas no dia seguinte, aparece em tudo.

   Abraços!

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